quinta-feira, 2 de maio de 2013


Conheça a história de dois casamentos cheios de imprevistos
 que serviram para aproximar ainda mais os casais


Toda a mulher sonha em viver um conto de fadas, não importa se o príncipe vem a cavalo, de jipe ou de avião. O importante é que ele apareça em algum momento especial da vida dela, que lhe entregue seu coração, que peça sua mão a seu pai, que casem, que tenham lindos filhos e vivam felizes para sempre.
O vestido de Florinda foi emprestado. 
(Foto - Arquivo Pessoal)
Mas o que é uma história de amor sem desencontros, distâncias, brigas e uma boa pitada de bom humor? Pois é assim que duas belas histórias se relacionam. A primeira já dura 46 anos e a outra, infelizmente o casal se separou com três de casamento, porém foram de paixões intensas e reviravoltas surpreendentes.
A simpática Florinda Bueno Ierich, 69, dona de casa, conta que sempre sonhou em se casar. “Comprei meu vestido de noiva mesmo sem ter um noivo, me apaixonei pelo vestido quando passei na frente da loja e o vi na vitrine”. O vestido ficou guardado por algum tempo, mas não foi ela quem o usou, e sim sua irmã mais velha. Ela emprestou o traje com uma condição, que a outra devolvesse quando fosse a vez dela de se casar.
O tempo passou e, alguns anos depois, chegou o tão esperado dia de Florinda. Seu vestido, porém, havia virado um mosqueteiro para o berço da primogênita de sua irmã. “Eu não tinha vestido para casar, fiquei muito chateada, porque tínhamos um acordo”, conta. Uma amiga, então, emprestou seu vestido de noiva, senão ela acabaria casando com um vestido comum.  A família de Florinda era contra o casamento, pois seu pai acreditava que, já que a primeira filha havia se casado com um nordestino, as outras também tinham que arrumar pretendentes que fossem da mesma região. “Meus familiares não apareceram no meu casamento, fiquei muito triste, pois queria que eles estivessem lá, para comemorar comigo”.  O único irmão que foi estava bêbado e com um pinico embrulhado para os noivos.
Florinda e Francisco com um dos netos. 
(Foto - Arquivo Pessoal)
Depois de tantos imprevistos de última hora, Florinda Bueno Ierich e Francisco Theófilo Ierich construíram uma família, com dois filhos e seis netos.
Já a outra história é entre uma brasileira e um norte-americano, Lícia Freitas, 35, professora de Inglês, e Jason Holcomb, 40, projetista e tradutor. Ela conta que conheceu seu ex-marido pelo Skype por uma razão muito curiosa. “Ele estava procurando por alguém chamado Lícia, pois gostava desse nome, e como no meu perfil dizia que eu falava Inglês, ele me adicionou”. Os dois trocaram mensagens e conversas online durante três anos. “Eu era casada e ele tinha uma namorada no México”, conta Lícia, revelando que nesse meio tempo se separou do primeiro marido e Jason terminou seu namoro. “E nós, sempre muito amigos, conversávamos todo dia pela internet”, lembra ela.
Entre conversas e mensagens trocadas, Jason bateu o carro e, com o dinheiro do seguro, comprou uma passagem de avião para, finalmente, vir conhecer Lícia, “Ele chegou aqui com 30 dólares, era todo o dinheiro que tinha."
Lícia e Jason no dia do casamento.
(Foto - Arquivo Pessoal)
Lícia comenta que resolveu se casar nos Estados Unidos para evitar complicações. “Para casarmos aqui no Brasil tínhamos que ter muitos documentos, o processo é muito burocrático; e ele estava ilegal, o que tornava o casamento impossível”. Um dos aspectos que diferenciam o casamento no exterior é que é menos exigente. “Tivemos que ir ao fórum de Kentucky (E.U.A), numa espécie de cartório com a identidade e, no meu caso, por ser estrangeira, o passaporte. Pedimos uma autorização de casamento que sai na hora, e no rodapé deve ser assinada por um padre, pastor, capitão de navio, juiz ou piloto de avião para ter efeito”.
A cerimônia foi realizada em uma igreja Batista, a noiva optou por algo tradicional, porém inovou em alguns aspectos. “Não joguei o buquê, joguei uma boneca réplica minha e na saída os convidados jogaram bolinhas de sabão em vez de arroz”. Lícia conta que a celebração do casamento é diferente, que não se paga pela decoração da igreja. Os noivos vão de manhã ou na véspera do casamento juntamente com seus familiares e decoram com flores e velas. Outro costume diferente é que os noivos e a família se arrumam em um lugar reservado na própria igreja. “A parte mais emocionante é a cerimônia da vela, consiste em três velas no altar: duas pequenas e uma bem grossa. No início da solenidade os pais acendem as velas menores e durante um determinado momento cada noivo pega uma vela e ambos acendem a vela central, simbolizando que agora é apenas um corpo, apagando as menores”.
Segundo Lícia, seus familiares não foram à cerimônia. “Eu me casei próximo ao Natal, e as passagens de avião estavam caras, por isso só a família do Jason compareceu”.

E para inspirar e emocionar:
"Pra Sonhar" - Marcelo Jeneci



Um comentário:

  1. Muito lindas as histórias *-*
    Gostei do casamento americano, bolinhas de sabão *-*

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